Cannabis Medicinal no Tratamento da Dor Crônica Não Maligna: O Que Dizem os Estudos

O Que é Dor Crônica Não Maligna?

A dor crônica não maligna é aquela que persiste por mais de 3 meses e não está relacionada a câncer. Ela impacta negativamente a qualidade de vida e é frequentemente tratada com opioides, que podem causar dependência e diversos efeitos colaterais.

Como a Cannabis Medicinal Pode Ajudar?

Estudos demonstram que os canabinoides, como o THC e o CBD, podem auxiliar no controle da dor através do sistema endocanabinoide, reduzindo a nocicepção e os sintomas associados.

Mecanismo de Ação da Cannabis

Sistema Endocanabinoide

  • Atua em receptores CB1 (SNC) e CB2 (imunidade)
  • Modula neurotransmissores como GABA, glutamato e dopamina

Canabinoides

  • THC: analgésico, mas pode causar efeitos psicoativos
  • CBD: anti-inflamatório e ansiolítico, sem efeitos psicoativos

Formas de Uso e Preferências dos Pacientes

  • Tinturas, óleos, vaporizadores, cremes tópicos e comestíveis
  • Pacientes com fibromialgia, dor lombar e neuropatia preferem vías variadas
  • Uso oral e inalado são os mais comuns

Legalização da Cannabis Medicinal

Mais de 30 países e vários estados dos EUA legalizaram a cannabis medicinal. O Brasil permite o uso mediante prescrição. Ainda há desafios regulatórios, principalmente nos níveis federais.

Comparativo: Cannabis vs. Opioides

  • Cannabis demonstrou eficácia semelhante ou superior aos opioides na redução da dor
  • Associada à redução do uso de opioides em vários estudos
  • Menor risco de dependência e efeitos colaterais graves

Estudos Relevantes

  • Uso de cannabis reduziu o consumo de opioides em até 64%
  • Melhora na dor e qualidade de vida em até 86% dos pacientes
  • THC comparado à codeína teve resultados semelhantes ou melhores

Considerações Finais

A cannabis medicinal surge como uma alternativa promissora no tratamento da dor crônica não maligna. Com menos efeitos colaterais do que os opioides, ela oferece alívio eficaz e pode reduzir a dependência de medicamentos tradicionais. No entanto, a prescrição deve ser feita com critério, considerando o histórico clínico e os objetivos terapêuticos de cada paciente.


Aviso legal: Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a orientação médica. Consulte um profissional da saúde antes de iniciar qualquer tratamento com cannabis medicinal.

Link da matéria: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC9999073/